Uma equipa de arqueólogos e estudantes da Universidade do Minho encontraram um monumento funerário pré-histórico com mais de 5 mil anos no alto do Monte do Oural, que está a proceder a mais escavações para conhecer novos pormenores.
O anúncio foi feito pelo Município de Vila Verde, Braga, na passada quinta-feira, 20 de julho, tendo como objetivo assegurar a musealização de “um valioso achado patrimonial”, cuja construção se estima ter ocorrido entre 4.000 a 3.000 anos antes de Cristo (aC), ou seja, há mais de 5 mil anos.
O arqueólogo Luciano Vilas Boas, que coordena os trabalhos de escavações da mamoa do Oural no terreno, destaca, no site do município, que a área envolvente é extremamente rica em termos de património arqueológico. Identifica ali a existência de mais três monumentos megalíticos de cariz funerário e um conjunto de arte rupestre.
As escavações deverão permitir uma maior precisão da data de construção do sepulcro da Cova dos Mourinhos, no Oural. De acordo com o arqueólogo, este terá sido reutilizado, entre 2.500 a 2.000 anos antes de Cristo, tendo em conta os fragmentos de cerâmica, de tipo Campaniforme, já encontrados durante as escavações.
Com esta descoberta é possível confirmar que houve “várias populações” a viver naquelas terras, situadas junto ao ponto de vigia nos limites da Ribeira do Neiva e ao baloiço do Monto do Oural no Vade. No futuro, o monumento pode ser um motivo de atração turística e dinamização local.
As mamoas —– também designadas por antas e que normalmente datam de 4.000 anos a.C. — foram construídas pelas primeiras comunidades de pastores e agricultores. Destinavam-se a albergar os mortos, provavelmente de maior prestígio social das comunidades da época.
Fique a saber mais sobre esta descoberta.
Fontes
Texto: NIT
Imagem: Município de Vila Verde