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March 2018

Associação Portuguesa de Museologia alerta Governo para perda de foco dos museus na sua missão essencial

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O presidente da Associação Portuguesa de Museologia (APOM), João Neto, alertou esta semana o Ministério da Cultura para os perigos de uma perda gradual da missão essencial destes espaços, substituída pela apresentação de eventos de lazer.

“O foco dos museus tem de ser as coleções, a sua preservação e divulgação, ao mesmo tempo que se faz produção de conhecimento, e não que as peças sejam estrelas de eventos de lazer”, defendeu o dirigente contactado hoje pela agência Lusa sobre o encontro com a tutela.

Esta foi uma das questões abordadas durante uma reunião de trabalho, na terça-feira, a primeira entre a direção da APOM e o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, no Palácio da Ajuda.

“Um museu também não deve ser apenas um depósito de peças e necessita de determinadas condições para cumprir a sua missão”, sublinhou João Neto, presidente da direção da entidade.

A APOM apresentou ao ministro um conjunto de questões sobre “uma visão alargada dos problemas existentes na área da museologia portuguesa no que concerne aos museus e aos seus profissionais”.

No encontro, foram elencadas as questões que consideram principais nestes espaços de património, nomeadamente o estatuto do museólogo, os modelos de financiamento e gestão, o mecenato, a revisão e aplicação da Lei-Quadro dos Museus, a segurança das coleções e visitantes, a credenciação de museus, e a responsabilidade científica e profissional dos projetos de museologia perante a sociedade.

Fonte e mais informações: https://www.dn.pt/lusa/interior/associacao-alerta-governo-para-perda-de-foco-dos-museus-na-sua-missao-essencial-9139558.html

Arquivo da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros será gerido pelo software Archeevo da KEEP SOLUTIONS

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Presidência do Conselho de Ministros (PCM) é o departamento central que tem por missão prestar apoio ao Conselho de Ministros, ao Primeiro-Ministro e aos demais membros do Governo aí integrados organicamente e promover a coordenação interministerial dos diversos departamentos governamentais.

Inovar, desmaterializar e padronizar serviços constituem alguns dos desafios da PCM, que norteiam o perfil de resposta às exigências e prioridades que são colocadas no Centro do Governo. Para tal existe a necessidade de um sistema de gestão de informação e arquivo que responda às necessidades e exigências destes desafios.

Nesta perspetiva, a PCM fez uma análise e avaliação de sistemas de arquivo com capacidade para a gestão das fases semi-ativa e inativa da documentação, em cumprimento com um conjunto de requisitos funcionais e normativos. A solução selecionada foi o software Archeevo da KEEP SOLUTIONS.

De uma forma geral, o software Archeevo será responsável por suportar a gestão, armazenamento e publicação de conteúdos de arquivo através das suas componentes funcionais de descrição arquivística, gestão de representações digitais, gestão de depósito, gestão de arquivo intermédio, balcão eletrónico e publicação na Web.

Software da KEEP SOLUTIONS suporta arquivo do arquiteto Álvaro Siza Vieira

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Acervo do arquiteto Álvaro Siza Vieira disponível online a partir de hoje.

A Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação Serralves e o Canadian Centre for Architecture, em Montreal tornam acessível projetos do arquiteto Álvaro Siza Vieira desde 1958.

Em 2014, Álvaro Siza tomou a decisão de doar o seu extenso arquivo (que inclui projetos desde 1958, construídos e não construídos) a três instituições: a Fundação Calouste Gulbenkian, a Fundação de Serralves e o Canadian Centre for Architecture (CCA) em Montreal. No quadro deste caso excecional de colaboração institucional internacional, as três entidades comprometeram-se a estabelecer uma metodologia conjunta de tratamento arquivístico e de descrição de materiais que permita o acesso coletivo à notável obra de Álvaro Siza.

Com a doação do seu arquivo, Siza expressou “o desejo de que tantos anos de trabalho pudessem tornar-se úteis e contribuir para a pesquisa e o debate em torno da arquitetura, particularmente em Portugal, tendo em vista uma perspetiva em tudo contrária à do isolamento”. Assim, Siza comunicou a sua decisão de “doar o arquivo a duas instituições portuguesas que têm a experiência, a qualidade e a capacidade de desenvolver ou aumentar os seus respetivos arquivos e o objetivo de aumentar a acessibilidade, a disseminação e a participação ativa num debate que não é meramente nacional ou apenas centrado num único indivíduo”. E também “ao CCA, em Montreal, uma instituição com uma experiência e um prestígio inigualáveis, e com uma série consolidada de atividades no campo da arquitetura: exposições, publicações, pesquisa, relações com instituições congéneres e grande visibilidade. Uma vez que o CCA é reconhecido pela sua experiência na preservação e apresentação de arquivos internacionais, ficará a seu cargo a conservação de uma grande parte do meu arquivo e a tarefa de o tornar acessível, lado a lado com a obra de outros arquitetos modernos e contemporâneos”.

O arquivo completo, partilhado pelas três instituições, representa o interesse que, ao longo de toda a sua vida, Siza dedicou ao estudo da habitação unifamiliar e coletiva e ao planeamento urbano, bem como à conceção de projetos para centros culturais, museus e universidades em inúmeros países da Europa, Ásia e América. Este arquivo inclui atualmente textos, correspondência, fotografias e slides, cerca de 60.000 desenhos, 500 maquetes, 282 cadernos de esquissos e o arquivo de materiais digitais.

A documentação doada à Fundação Gulbenkian e à Fundação de Serralves foca-se nos projetos de Álvaro Siza em Portugal e data de 1958 até 2006. A documentação entregue ao CCA inclui projetos com repercussão internacional datados de 1958 até ao presente. Todos os projetos de 2006 em diante serão depositados no CCA.

A partir de fevereiro de 2018 as descrições arquivísticas destes materiais começam a ser disponibilizadas online nos sites do CCA, Serralves e Gulbenkian, incluindo os primeiros projetos dos anos 1950 e 1960, bem como projetos para o IBA de Berlim e projetos de renovação urbana para a cidade de Haia datados dos anos 1980.

Estes são alguns projetos que vão estar para consulta:
– Edifício Bonjour Tristesse (Berlim, 1982–1983),
– Punt en Komma (Haia, 1985 – 1989),
– Casa de Chá da Boa Nova (Leça da Palmeira, Matosinhos, 1963),
– Piscinas de Leça da Palmeira (Matosinhos, 1966),
– Edifício do Banco Borges & Irmão (Vila do Conde, 1986),
– Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (Porto, 1992),
– Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto, 1999),
– Casa António Carlos Siza (Santo Tirso, 1976/78),
– Renovação da casa do caseiro – Casa Vieira de Castro (Vila Nova de Famalicão, 1984/85).

Ao longo dos próximos anos outros materiais serão disponibilizados para pesquisa.

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira (Matosinhos, 1933) começou a sua carreira no final dos anos 1950, na vanguarda de uma nova linguagem arquitetónica adaptada ao contexto cultural e social de Portugal. Ao longo do seu vasto e eminente percurso profissional, o trabalho de Siza foi largamente reconhecido. Em 1992 foi-lhe atribuído o Prémio Pritzker de Arquitetura e em 2012 o Leão de Ouro da Bienal de Veneza pelo conjunto da sua carreira, entre muitos outros prémios e distinções.

LINKS
http://arquivos.serralves.pt
https://gulbenkian.pt/biblioteca-arte/arquivo-alvaro-siza/
https://www.cca.qc.ca/en/search?query=Álvaro+Siza

Fonte e mais informações: http://www.espacodearquitetura.com/archnews/5a72e976c6e6c41a358a5c47