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Museu Virtual da Lusofonia já está no canal de artes e cultura do Google

2020-09-04 No Comments

Criado em 2017, passa agora a integrar a plataforma Google Arts & Culture. A apresentação pública está marcada para esta sexta-feira, dia 4/09/2020, em Braga.

Nasceu como projeto académico e chega agora a um novo patamar de comunicação. O Museu Virtual da Lusofonia, criado em 2017 pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho, passa a partir desta sexta-feira a estar representado na plataforma Google Arts & Culture, com a qual assinou um acordo. A iniciativa é apresentada esta noite, às 21h, no Museu Nogueira da Silva, em Braga, com transmissão em directo no canal do YouTube do museu. Estarão presentes o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, a representante da Google Arts and Culture, Helena Martins, e o director do museu, Moisés de Lemos Martins.

Mas o que é, afinal, o Museu Virtual da Lusofonia? É, segundo a sua descrição oficial, uma “plataforma de cooperação académica, em ciência, ensino e artes, no espaço dos países de língua portuguesa e das suas diásporas”, que até hoje, e nesse âmbito, reúne online um total de “256 obras de arte, 112 fotografias, 98 programas de rádio, 45 exposições multimédia, 19 filmes e dois documentários.” Todos relacionados com o seu propósito inicial de promover “a diversidade artística e cultural dos países lusófonos, abrangendo Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, estendendo-se à Galiza (Espanha) e Macau (China).”

E assim permanecerá o museu, como disse ao jornal Público Moisés Martins, professor catedrático do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, diretor do CECS e também do Museu Virtual da Lusofonia desde a sua fundação. “O que está aí vai continuar e desenvolver-se, porque foi desenhado consoante os nossos interesses, que são académicos. Já o contrato com o Google Arts & Culture é um bocado diferente, porque tem a ver com um delineamento deles e é fundamentalmente um museu de imagem, fixas e em movimento. Imaginemos uma colecção de postais ilustrados ou de graffiti, de um país ou de uma diáspora. Mas também há programas de rádio, ou filmes.”

Para Moisés Martins, o museu é “uma grande oportunidade ao nível da cooperação”. Porque, argumenta, “o que há são coisas pontuais: um congresso, convites a pessoas que se encontram e depois cada uma vai para seu lado, um projeto financiado por três anos e que depois acaba… e o museu é uma coisa permanente”. De projeto académico, espera agora que possa vir a tornar-se “um projeto dos países de língua portuguesa no domínio intercultural, em termos pós-coloniais”: “Porque quando dizemos que o passado pesa em nós, é porque não podemos esquecer a memória. Que é contraditória, polémica, mas a história dos povos é feita da memória que têm.”

Fonte: https://www.publico.pt/2020/09/04/culturaipsilon/noticia/museu-virtual-lusofonia-ja-canal-artes-cultura-google-1930251