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O que podemos fazer para tornar a Internet mais segura?

2019-02-05 No Comments

Hoje assinala-se o Dia da Internet mais Segura mas a sensação geral é de que a rede está cada vez ameaçada pelo “lado negro da força” que se reflete em ameaças crescentes aos utilizadores, roubo de informação e outros riscos.

Não passa um dia em que não sejam conhecidos novos ataques, vulnerabilidades e roubo de dados e os números são avassaladores, sempre na ordem dos milhões de dados comprometidos, divulgados ou vendidos a quem paga mais. São endereços de email, passwords, mas também números de cartões de crédito e outras informações bancárias. Malware, phishing, sextortion e botnets são apenas algumas das ameaças, mas roubo de identidade, esquemas de perfis falsos e pressões e bullying também fazem parte dos perigos.

Isabel Baptista, do Centro Nacional de Cibersegurança, lembra que num contexto empresarial, as ferramentas tecnológicas são úteis para reduzir os riscos. “Ferramentas dissuasoras reduzem a motivação dos atacantes; ferramentas preventivas ou segurança de perímetro reduzem a probabilidade de sucesso dos ataques; mecanismos de redundância ou de tolerância a falhas reduzem o impacto de agressões bem sucedidas.”, explica.

Já num contexto doméstico, os antivírus reduzem a probabilidade de infeção com um vírus informático e os sistemas anti-spam eliminam uma grande parte das mensagens de correio electrónico indesejadas e também elas uma forma de propagação de vírus. “No entanto, todas estas ferramentas são inúteis sem uma cultura de ciberegurança e sem comportamentos online corretos da parte de todos os funcionários de uma organização ou dos cidadãos. Colocar uma PEN desconhecida no nosso PC é o suficiente para quebrar todas as barreiras de segurança existentes”, avisa.

Uma cultura de cibersegurança

Algumas regras que utilizamos no mundo real para nos protegermos podem ser aplicadas ao mundo online. Nunca deixamos uma porta aberta e quando saímos fechamos à chave, não falamos com desconhecidos na rua e não damos a nossa morada a qualquer pessoa. São apenas exemplos de como os princípios que ensinamos aos mais jovens se aplicam offline e online e são simples de explicar.

A criação de uma cultura de cibersegurança passa também por pensar antes de instalar uma aplicação e dar acesso a todas as permissões, ou de abrir um email que promete um negócio da China ou pede os dados do cartão de crédito ou do banco. Muitas vezes basta ser um pouco desconfiado para perceber que há um embuste por detrás destes pedidos, até porque apesar de haver campanhas de phishing e ataques muito bem orquestrados, a grande maioria das vezes estão mal feitos, escritos em mau português e com imagens erradas dos logótipos dos serviços.

Fonte e mais informação: https://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigos/o-que-podemos-fazer-para-tornar-a-internet-mais-segura-a-responsabilidade-e-de-todos